domingo, 16 de maio de 2010

Como fazer

Não, não sinto mais receio...
De que maneira viver sem fazê-lo?
Como sentir todos os sabores sem sentar à mesa;
E vagarosamente, deliciosamente, curtir cada minuto?
Como sorrir um dia se não sentirmos as lágrimas na face em tantos outros?
Porque não se emocionar diante daquela pequena orquestra num parque?
Como sonhar em voar se não olharmos para o horizonte;
E viajarmos com o vento para os lugares mais belos em nossa mente?
Como sentir o tempo passar sem saber que os segundos que ficaram para traz serão grandes companheiros do futuro?
Pois nutriram nossa alma com sabedoria e amor.
Porque não brincar com a criança e aprender com ela que a vida não deve ser levada tão a sério?
Como não parar diante de uma obra de arte e permitir que a vida tenha seus mistérios?
Como rezar sem ter fé em nós mesmos?
Mesmo com todas as nossas imperfeições.
Como satisfazer a sede se não deixarmos gotas de suor lutando por tudo aquilo que realmente importa?
Sim, hoje entendo que o medo existe;
Mas a coragem também faz parte da vida.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Nossa eternidade

O que dizer de um amor que nasceu jovem?
E alimentou nossas almas, sonhos e desejos por tanto tempo.
Um amor como nunca experimentei.
Aonde o riso acalmava a ira e o brilho de nossos olhos espantava o medo.
Quando o calor de nossos corpos bastava para derreter toda uma era glacial.
E nossas lágrimas lavavam qualquer rancor.
Nossos corações brilhavam tão forte que por vezes nos cegavam.
Mas logo, um simples toque na pele nos trazia de volta para a felicidade.
Um amor aonde o carinho era celebrado como um milagre.
Um amor carregado de amizade e paixão.
Amor tão puro assim, quase impossível de existir.
Como uma fantasia, criada para vermos um Mundo mais belo.
Mas não foi um sonho. Tão pouco uma fantasia.
Como não teria existido um amor destes?
Como teria um fim este amor se ainda posso senti-lo?